terça-feira, 18 de março de 2008

Confesso...


Hoje reina a má disposição, má disposição fisica e psicológica... Hoje apetecia apenas deitar num sitio tranquilo e ficar, ficar apenas.... Fui então a uma casa tão familiar, daqueles sitios que são já tão conhecidos, que se tornam nossos, sitios de refugio...

Sabia que a casa estaria vazia, mas como tenho chave, fui entrando... Comecei por ver aquelas molduras empoeiradas de gente conheccida sobre a estante, depois os quadros... alguns que pintei e ofereci à dona da casa... A casa estava silênciosa há muito tempo, o sol não entrava faz muito. Lembrei-me daquela planta que plantámos juntas, fui vê-la, estava a lutar pela sobrevivência, a tentar resistir à tempestade e à seca. Reguei-a, tirei o maior pó das suas folhas e observei-a com carinho por alguns segundos... Foi testemunha de tanta coisa... Depois abri aquela janela que costumava estar sempre aberta quando lá entrava. Dizias que abrir a janela levava os problemas.

Olhei para o sofá, limpo-lhe o pó do sofá e deito-me enrolada nele e fico a olhar para o vazio... Não que esteja triste por algum motivo em particular, precisava apenas de me encontrar, precisava de me reconfortar num sitio confortavel... E foi o teu sofá que escolhi... fico... até que adormeço... Quando acordar, irei embora com a certeza que os problemas continuarão lá fora à minha espera, que terei que os enfrentar, mas irei tranquila... Irei... com a certeza que voltarei sempre aqui...

7 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Marta disse...

:) Vou repetir-me... mas basicamente é isto:

A casa estava silenciosa e vazia, mas tens chave, entras, sentas e ficas quanto tempo quiseres.
Vi o sofá sem pó, a almofada marcada por teres dormido nela.
Fui ao roupeiro buscar uma manta e deixei em cima do sofá, quando voltares ficarás mais confortável, mais quente.
Ao lado, na mesinha fica um pacote de bolachas, novinho e um leite com chocolate. Não fiz bolo, porque não sei quando voltas. Receei que se estragasse.
Quando voltares, ficarás mais confortável e talvez nesse dia eu não esteja a correr tanto que te veja entrar, te siga e te dê colo. Por nada, apenas porque sim!

Beijo e aquele abraço!

(Sim, lá fora as plantas estão magnificas. Fortes!)

Ana disse...

É para lá que voltamos sempre que nos apetece descansar um pouco. Mesmo que o sofá esteja empoeirado e a luz do dia não entre há muito. Mesmo que os objectos permaneçam no lugar de sempre e que as plantas tenham murchado. Mesmo assim. Voltamos. Porque o que nos faz bem, faz bem de qualquer forma.

=**

bono_poetry disse...

num local nao muito distante tens tambem um espaco onde podes sossegar e ficar o tempo que quiseres...ainda esta preenchido de amor...de risos...de alegria constante...de ar humilde mas aconchegante...o jardim nao tem muitas flores...nao precisavamos...a casa estava repleta no interior...eu empresto a chave com a condicao de a visitares e descansares...gosto de ti amiga!! a special one !!!

(Un)Hapiness disse...

há coisas que nos completam, há coisas que nos acalmam, que nos enchem.
há coisas que. apesar de coisas, são-nos mais que gente.

pk um refúgio...queremos todos ter.

Sandra disse...

Muito giro o texto...apenas que agora te sintas melhor!
Gostei do teu blog...hei-de voltar!

beijinhos

Fá menor disse...

Amiguinha do meu coração,
espero que hoje reine melhor disposição nesse coraçãozinho lindo.

Olha, tenho tido tão pouco para dar nestes dias... mas hoje, se quiseres, podes sentar-te num banquito da minha humilde casita... deixei lá uma música, a tocar também para ti... (já a ouvi vezes sem conta)

Um beijão grande!